Suspeitas de irregularidades na facturação das obras de construção dos Centros Escolares de Alcobaça e da Benedita e do Pavilhão Desportivo de Évora de Alcobaça estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária de Coimbra, conforme noticia o jornal "I". As referidas obras cujo custo é de 7,3 milhões de euros foram facturadas por mais de 20 milhões de euros pela empresa construtora “MRG – Engenharia e Construção, SA” indiciando assim utilização indevida de dinheiros públicos.
Esta empresa MRG é “sócia” da Câmara de Alcobaça na empresa “Cister Equipamentos, SA” constituida no âmbito de recente invenção das denominadas Parceiras Público e Privadas (PPP) sendo um mau indicio a Câmara de Alcobaça andar a conviver com empresas que vivem deste tipo de esquemas. Esta obra seria financiada pela empresa privada MRG, pela Câmara e pelo Estado com fundos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e ao empolar a facturação desta forma pode indiciar uma utilização indevida de dinheiros públicos. Estas parceiras publico e privados são uma negociata um bocado estranha, pois não se percebe que uma empresa de construção se meta a construir escolas como parceira, quando ela é apenas uma entidade que pretende vender os seus serviços de construção e com isso atingir o seu objectivo comercial que são os lucros. Eu nunca sentiria confiança para ser sócio de uma empresa quando essa empresa não vai desenvolver um negócio conjunto comigo, apenas vai ser minha sócia para me fornecer os seus serviços logo junta-se a mim para obter ganhos. É certo que a minha sócia pode ser muito honesta, mas de boas intenções …
É estranho que a Câmara de Alcobaça não tenha querido prestar esclarecimentos ao jornal “I”, quando para isso foi contactada e que venha dizer que não foi contactada. Desta forma permitiu que as suspeitas se pudessem avolumar. A Câmara deve saber quanto realmente custam as obras e se não sabe os autarcas deveriam ser destituídos dos seus mandatos por incapacidade e incompetência. A Câmara sabe se as obras já foram ou não facturadas e se os valores apontados estão correctos ou errados. Ao não responder percebe-se que se vai preparar para se defender, ou seja, na certa deve ter algo para esconder.
Em matéria de centros escolares a Câmara deve ter mesmo muito para esconder. Ao que se sabe as obras estão a ser executadas sem terem as necessárias licenças. Será verdade?
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