O cúmulo do ridículo ou ensaio sobre a estupidez é o mínimo que se pode chamar a pseudo informação colocada pela Câmara de Alcobaça na página de informação alusiva à mostra dos doces conventuais.
É obvio que a Mostra dos Doces Conventuais é uma das iniciativas concretizadas com sucesso em Alcobaça, cujo mérito ninguém retira ao PSD. É discutível se aquilo é de facto uma mostra de doçaria conventual, mas ninguém duvida que como mostra de doçaria é muito interessante e tem cativado muitos milhares de pessoas todos os anos. Para isso contribuiu o mote do – comes e bebes -, e doces são sempre coisas muito boas, o que aliado ao magnifico cenário fazem do evento um sucesso. Creio que não é menos verdade que o evento começa a precisar de uma renovação do seu figurino que já cansa pela falta de inovação. Um dos problemas de quem quer visitar a Mostra de Doces Conventuais de Alcobaça é que se arrisca a visitar uma multidão, e só por sorte vai conseguindo, aqui e ali dar uma espreitade-la às convidativas iguarias. Ninguém dúvida do sucesso da Mostra. Mas a Câmara, por insegurança ou complexo parece não perceber o sucesso e agarra-se a imaginações e delírios fantasiosos.
Pois é inconcebível é que para exaltar o seu feito, a Câmara, tenha recorrido a uma hipotética estatística para saber se onde são oriundos os visitantes do certame. E pasme-se que andaram (supostamente) a perguntar os códigos postais às pessoas para saber de onde vieram. Pessoalmente passei pelo certame e curiosamente ninguém me perguntou o código postal. Devem ter feito mal o trabalho e agora inventaram esta patranha para nos comer por tolos. Pior é que tenham indicado que alguns vieram da África do Sul; Alemanha; Bélgica; Canada; Espanha; Finlândia; Holanda; Inglaterra; França; Itália; Brasil; Estado Unidos da América; China; Israel; Ucrânia; Venezuela, entre outros. Isto só pode ser fruto de ignorância ou estupidez.
Ninguém veio de propósito dos Estados Unidos ou da China para ver a mostra de doces de Alcobaça. Mas, estando em Alcobaça aproveitaram a oportunidade e o evento. Obviamente alguns visitantes da mostra são turistas, que estavam de passagem e aproveitaram para ver a mostra que por acaso também decorre no interior do mosteiro. Mas, também percebemos que a Câmara não se preocupou muito com a proveniência ou origem dos visitantes … mas com os seus destinos, pode ler-se “entre algumas consultas foram registadas os seguintes destinos” … talvez para os mandar para outra parte...
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